terça-feira, 16 de dezembro de 2008

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O viver


Não sabia o que a esperava. Mantinha a mente aberta a tudo que pudesse acontecer... apenas buscando ser sincera consigo mesma.
Tudo estava calmo no dentro.
Enquanto sentia, deixava aflorar da pele, das mãos, dos olhos, do caminhar... tocou o fora... trocou com tudo que estava ao seu redor.
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Com o tempo aprendemos a nos decifrar, a criar meios de viver o impensado...
Criamos nossos códigos, uma maneira particular de nos relacionarmos...
Pequenos momentos que transformam, que nutrem, que fazem com que tire os pés do chão e possa sorrir como a criança que nunca fui.


Sem medos... sem reservas...

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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O caminho que pode ser seguido
Não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito não é o Nome eterno.
No principio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.
(desconheço autor)
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Dança das Cores





Sentiu as luzes sobre sua cabeça, um amarelo vivo, penetrando os corpos, tocando e conectando alguma coisa do interno que no encontro expandiu ficando maior e maior...


ela pôde perceber a dor, era muita dor, intensa dores de vidas, de mundos, de épocas... de desejos sonhados, dos sonhos tentados, de violências sofridas...


as espirais de luzes, de diferentes matizes mesclavam-se e no dançar desfaziam os nós, substituíam as dores por cores, e a única palavra que poderia ser ouvida se algum som existisse era:

re-construção!

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

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Vozes e Silêncios

Acreditava que as vozes haviam se calado, ao menos assim queria que fosse... tão logo despertou da estranha dormência, lá estavam elas, transformadas, confusas, intensas... camuflando-se em outras paisagens, com novas cores e matizes... alternando-se... repetindo as sílabas sem nexo e entusiasmadas...

Sua única opção era permite-lhes a fala... deixar que esgotassem toda a possibilidade de som...

Então, uma voz conhecida (a voz de fora... mais dentro que todas as vozes de dentro) entoou o som diferenciador...


todas as vozes silenciaram e partiram em busca do sentido...

paz!

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

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rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Do que somos constituídos?


...descobrimos que moramos em um planeta insignificante, perdido em uma esquina esquecida de um universo que possui mais galáxias do que pessoas vivas na Terra...


"Nós podemos explicar o azul-pálido desse pequeno mundo que conhecemos muito bem. Se um cientista alienígena, recém-chegado às imediações de nosso Sistema Solar, poderia fidedignamente inferir oceanos, nuvens e uma atmosfera espessa, já não é tão certo. Netuno, por exemplo, é azul, mas por razões inteiramente diferentes. Desse ponto distante de observação, a Terra talvez não apresentasse nenhum interesse especial. Para nós, no entanto, ela é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, "superastros", "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. Nossas atitudes, nossa pretensa importância de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo isso é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos.(...)"
Sagan, Carl - Pálido ponto azul: uma visão do futuro da humanidade no espaço. - trad.: Rosaura Eichember. - São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 31.



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Marcas da pele...
Nada pode substituir... nada é maior e mais repleto de significados que as marcas que forjas em minha pele... cada vez que tuas mãos alcançam as minhas... cada vez que teus olhos me procuram no dentro... e ao sorrir deixas transparecer o que estavas a guardar... o que há muito não podíamos falar, mas que estavam no silêncio das promessas feitas... ao longo e através da existência.


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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

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Ide-ação

Como admiro a genialidade dos loucos, daqueles que não possuem vestimentas... que não se incomodam com o amargor que sai do olhar dos outros...

(amargos olhares dos que se revestem de normas/regras/morais e vivem almejando a liberdade que somente a loucura é capaz de forjar)



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Estranheza e luta...

Aquela estranha sensação ficou por semanas a caminhar em meus corpos... Sorria à toa... podia ser planta, ser flor, ser bicho, ser humana...

Tudo naquele instante estava ao meu alcance...

(sonhei com o dia que minhas mãos alcançariam teus pés)

Deixei que o sentimento se expandisse... lutei... briguei... coloquei-me em fogueiras... abri-me por inteira.

Desisti inúmeras vezes... apenas para re-começar novamente...

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