segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
O enigma dos relacionamentos...
Deixou-se ir devagar – buscava desvendar os segredos daquele olhar. No primeiro instante sentiu seu medo da aproximação, como se um grande tornado se formasse no dentro, pensamentos sendo lançados de um lado para outro, confusos, repletos de sentimentos antagônicos - o medo das consequências chocava-se com o desejo do acontecer, enquanto a razão gritava palavras de ordem, a vida pedia passagem esgueirando-se entre os sons, despertando os desejos. Tudo estava tenso, muito tenso.
O tempo passou - não muito tempo -, mas o suficiente para o vendaval esvair-se, para que apenas uma brisa leve, carregada de certezas, de desculpas e de obrigações tomasse conta dos corpos. Aqueles olhos estavam calmos e intensos, ainda que oscilassem entre a segurança e insegurança, como se o vento pudesse aumentar sua velocidade a qualquer momento. Faziam força para manterem-se focados e atentos. Uma sutil agitação causada por um medo, quase irracional, podia ser sentida. Naqueles olhos cresciam as dúvidas, a admiração e o medo – quem ela é?
...uma mistura de desejo e de realização transbordava através do olhar, era fato, tudo acontecera. Os olhares se misturaram e ela já não soube dizer quem estava fitando a quem. Sentiu medo de si mesma - as interrogações só haviam aumentado –, percebeu toda sua intensidade. Rapidamente a mente e seus códigos de honra tomaram conta daquele olhar - mas a vida estava ali, não podia ser negada, refletia-se nas pupilas, brilhava à distância.
Os olhares despediram-se.
Repleta dos outros olhos, ela buscava algum tipo de explicação, alguma coisa que justificasse a combustão. Entendeu que aqueles olhos ainda não a tinham visto, ficaram presos em seus medos, desejos e inseguranças.
Como ela poderia explicar àqueles olhos sua intensidade e entrega, se nem ela mesma conseguiu entender os efeitos que provocaram em seus corpos? Como fazer com que percebam seu dentro, suas machucaduras e seu desejo pela vida? De que maneira aqueles olhos entenderão que tudo o que ele é e o conjunto que abriga, com suas curvas e declínios, realmente a agradam? Será que ele foi capaz de perceber o que despertou? Como ela poderá colocar seus olhos naquele olhar - depois da tempestade - se o que restou foi o silêncio das palavras.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
anúncio
O silêncio gesta novas sílabas, novas orações e frases são forjadas através do riso leve, como se o riso fosse desconhecido. As mãos registram o espanto do próprio nascimento, no mesmo instante em que anunciam: As vozes morreram!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
em alta velocidade...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
leitura interna
Como pode-se viver sem isso?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
um amanhecer...
O H1N1 se foi e com ele... todo o resto.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
sonorização
... And so they linked their hands and danced
Round in circles and in rows
And so the journey of the night descends
When all the shades are gone...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
criações absolutas
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
cálculos internos
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
mudanças...
Novos projetos sempre realizam milagres!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
desvarios e vinhos
Imagino que essas dificuldades façam parte do processo. Aprendemos a nos concentrar e a existir a cada tempo em um determinado espaço. Ainda que as vozes nunca se calem, a imaginação não deixe de criar e nem os sentimentos de existir. E isso ainda é nada, diante do que abrigo!
Ah! Preciso de mais vinho, ficar rosa, branca e tinta. Focar-me na dissolução... fluir sem deixar de estar. Como é difícil! Pequenas coisas me distraem... velhas rusgas me irritam, e nem aos hormônios, hoje, posso culpar.
Como criar as pontes do existente entre os espaços-tempo? Materializar em um o que tem no outro? Estar, nos diferentes mundos que me habitam, ao mesmo tempo. Como sentir, perceber, criar e existir, de maneira consciente, em todos esses movimentos simultaneamente?
Vivo entre a genialidade da loucura e a bestialidade do normal - a quase morte - sem estabilizar-me em nenhum. Será possível?
Esses dias, num surto corriqueiro, pretendi entender e dimensionar os resultados. Tê-los como em um catálogo, quem sabe até multicolorido - como se fosse possível! Certamente não o é. Os resultados das construções são sempre a posterori.
Não consigo satisfazer-me com o que está ao alcance das mãos. Meus olhos estão focados no depois, no além e acima. As assertivas das previsões tornam-se irritantes... como gostaria de ser surpreendida de maneira exagerada e positiva. Tudo bem! Tudo bem! Não dá pra olhar pra fora, não nesse instante, onde as pressões do que não é tentam sufocar o que está se construindo.
A humanidade em cada um, ainda é uma utopia.
domingo, 2 de agosto de 2009
Fire dance
Com as velas acesas nos pés vou abrindo passagens, construindo meu caminho... desvio da brisa gestual da memória gerando espanto em cada canto de meus corpos.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
uma voz na pedra...
quinta-feira, 30 de julho de 2009
candeeiro
Ainda tenho em meu peito um sentimento aos pulos que lança magia em cada um de meus espaços. Um candeeiro intenso e ardente... Já não sei se existo ou resisto no todo que carrego no dentro.
terça-feira, 28 de julho de 2009
distanciamento
segunda-feira, 27 de julho de 2009
vivendo entre mundos...
Sempre foi assim...
as multicores do dentro
domingo, 26 de julho de 2009
novas/velhas construções
Por certo, eu não seria eu, se não tentasse mais e mais uma vez!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
uma alma irmã
segunda-feira, 13 de julho de 2009
um dia musical...
No dia mundial do Rock o melhor - ao menos pra mim - o rock progressivo...
O trio é de peso!
Peter Gabriel - Natalie Merchant - REM.
sábado, 11 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
sistema um tanto nervoso...
terça-feira, 7 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
palavras dedicadas
quinta-feira, 2 de julho de 2009
a criação em meio ao caos...
... situações de uma mente um tanto agitada.
As palavras soltas nas diferentes partes do dentro... geram terremotos, deslocam as placas internas em infinitas possibilidades. O caos criativo... a deformidade da forma... o que não pode ser contido nas paredes do entendimento.. Soltar as amarras... dançar a vida...
Eis o ato mágico criativo...
quarta-feira, 1 de julho de 2009
as vozes do dentro...
terça-feira, 30 de junho de 2009
documentários e previsões futuristas
Em 2012 estaremos, enquanto sistema solar, em alinhamento com a linha equatorial da galáxia e segundo os astrônomos isso significará uma inversão no eixo da Terra. A consequência será uma mudança drástica em toda a geografia planetária. Nosso céu mudará. Os planetas, incluindo o nosso não estarão mais sobre os domínios do Sol e sim da galáxia, o que alterará rotas precipitando colisões e nisso se inclui o cinturão de asteróides, localizado entre os planetas Marte e Júpiter. Documentários e previsões a parte, fica a certeza de que muito pouco se sabe sobre as reais consequências do dito alinhamento (que é fato).
Será que finalmente começaremos a pensar no fim?
O fim sempre esteve e está presente, é algo diário e corriqueiro. O fim de uma hora, de um dia, uma semana, meses e anos que nunca serão iguais. Os fins sempre precedem um (re)nascer e penso que dessa vez não será diferente. Muitas religiões falam em castigo divino ou na ira dos deuses, mas o fato é que nosso planeta, o sistema solar e a própria galáxia não são seres prontos e acabados e que tudo está em eterno movimento. Assim como nós, que nos construímos ou não melhores, mas que certamente estamos muito longe, da tão sonhada perfeição. A isso se dá o nome de evolucionismo e não há mais espaço para pensamentos criacionistas.
Será que apenas sobrevivemos aos nossos finais de todo o dia ou conseguimos agregar, somar a cada hora, a cada minuto um pouco mais a nós mesmos? Podemos ser iguais em dias desiguais? Podemos. Podemos nos apegar a ideias, sentimentos, conceitos e sermos absolutamente iguais, todos os dias (que chato, não?).
Tudo se resume as velhas indumentárias sociais e nada mais. E me causa espanto perceber que a única certeza da vida é a que mais se ignora – a própria morte.
O fato é que todos querem (sobre)viver, ainda que não saibam exatamente o que fazer com suas vidas.
Quem sabe, sendo mais utópica que o normal, ainda exista outra saída. Quem sabe?!
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Invertida e inadvertida
Ah! Sim! Ela é... (a)divertidamente invertida!
(finalmente a descobriram)
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
uma catadora de ossos...
domingo, 14 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
do singular ao plural
Muitas vezes não se dera conta que não estava a perder, mas a ganhar e que a vida é uma eterna aprendizagem... o que nos torna “mortais” é quando passamos por situações/experiências sem aprender, sem que alguma coisa se modifique no dentro... quando nada mais nos toca, nesse ou em outros mundos...
... não morreu.
Olhou com mais desejo o horizonte (como quem estica os olhos na direção do futuro) sentiu-se tocada por mãos leves, repletas de serenidade... um sentimento de finalidade e de substância tomou conta do dentro... tentou fazer uso das palavras, mas essas limitam a possibilidade de entendimento... ousou ir mais além...
Quando voltou a si, estava novamente caminhando... os passos já não possuem a pressa do chegar e os olhos estão repletos da vida que a habita no dentro... mais completa, mais inteira, mais ela... os mundos que carrega se movem e a estrada está composta dos muitos que com ela crescem... por fim entendeu que a porta pode ser pequena para quem não percebe o universo que se é em si mesmo.
Ela... continua a caminhar...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
re-construção
sábado, 30 de maio de 2009
leituras...
Hoje... acordei com 3000 anos de idade!
domingo, 24 de maio de 2009
saber-me Ser
... saber-me Ser é meu único bem.
sábado, 23 de maio de 2009
turbilhão
Já não importa o que possa restar de uma parte adoecida e sem controle, apenas que a cura se faça e mesmo que quase transparente, ainda existam as cores.
terça-feira, 19 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
aprendizados e tentativas...
O que pode estar impedindo que avance? As justificativas são numerosas e quase sempre sem consistência... a mente, ainda é uma armadilha... e há quem pense que ela seja tudo.
Preciso de mais tempo para o dentro, de mais espaço para as outras dimensões e corpos, conseguir abstrair as ideias (velhas e caducas) indo além de seus domínios... aprender o som das palavras sem sons audíveis que chegam onde nada mais alcança...
...o poder do verbo é além... preciso aprender com meus fantasmas.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
escolhas
terça-feira, 12 de maio de 2009
... das citações e notas
...resta o argumento pessoal, quase íntimo: sempre vivi entre as palavras... Pequeno exercício quotidiano: ler frases desgarradas, soltá-las arbitrariamente do texto. Isto é, abrir um livro ao acaso, num sinal vermelho, antes de o filme começar, durante os anúncios na televisão, e escolher à toa algumas palavras. Sempre pensei que, numa dessas frases, chegaria a verdade, o encontro decisivo. Uns jogam na loteria, outros nas palavras.”
Eduardo Coelho.
Tudo o que não escrevi. Diário, Lisboa. Ed. Asa. 1992.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
a passageira
quarta-feira, 6 de maio de 2009
estado de Ser
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera infectando almas e atrofiando corações...
Chamalú
segunda-feira, 4 de maio de 2009
abstração interna
domingo, 3 de maio de 2009
Interrogações e reticências
Se não fosse assim... quem eu seria?
domingo, 26 de abril de 2009
máscaras sociais = conveniências
segunda-feira, 20 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
definições
pontuações e tempos verbais são difíceis para quem é tão abstrato...
...não existem dois silêncios iguais.
domingo, 12 de abril de 2009
des-velando-me
Apesar de muitas, ainda não me basto e tem dias que simplesmente me desconheço, como se alguma coisa esperasse por ser descoberta ou re-construída... reinventar-me pode ser dolorido, ainda assim é o que melhor sei fazer...
sábado, 4 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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sexta-feira, 27 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
O eterno devir
Vivo em muitas dimensões nas diferentes linhas do tempo. Nada me é novo e com tudo me estranho. As esquinas de minhas ruas ainda que sejam as mesmas, conduzem-me a novos caminhos e a cada passo que dou entendo que concluir alguma coisa nunca é o fim, mas o começo de algo ainda maior.
Carrego no hoje tudo que fui e o que serei... renovando-me a cada instante.
Nunca terei fim ou acabarei...
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
paz
(tomar posição, fazer escolhas... sempre e a todo instante...)
Hoje mais leve... quase em paz!
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
Um momento
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Mais tempo...
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Desabafo
Como carecemos de humanidade, de olhares diferentes que contenham aceitação, amor sem reservas... endurecemos, adoecemos e tudo fica limitado aos nadas que criamos... um mundo cheio de indiferenças, de desconfianças e de pré-julgamentos...
Estou farta de vazios, cansada da mesquinhez estúpida e de jogos manipulativos...
Minha alma não tem preço... não tentem comprá-la ou corrompê-la...
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Esboço do sentir...
(...)
Álvaro de Campos (FP)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Na era da informática II
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Um papo solar
Esses habitantes da Terra estão a me confundir. Ando no mesmo ritmo há tanto tempo que já nem sei fazer as contas. E até onde a idade me deixa lembrar, trafego os mesmos espaços de sempre salvo uma luz que outra que ora aparece, ora desaparece.
Há muito tempo escuto um palavreado sobre zodíaco tropical e zodíaco sideral. Então o caminho que percorro possui esses dois sobrenomes, mas na minha visão as paragens são sempre as mesmas. Que confusão é essa?
Bons eram os tempos em que me prestavam homenagens e reinava absoluto no céu. Tinha vários codinomes. Para os babilônicos meu nome era Shamash, para os egípcios, Rá, ainda que tenham criado outras denominações essa foi a mais conhecida. Assim como os indianos que me confundiam sempre com vários e diferentes nomes, e tantos outros povos de diferentes latitudes e longitudes.
Ri-me muito quando descobri que pensavam que nascia e morria todos os dias. Dias? O que isso significava? Custei a entender. Pobres terráqueos! Não ouve um segundo de grau sequer que minhas luzes tenham se apagado.
Como podem ser tão estranhos? Agora escuto que não sou o único Sol dos céus e que moro em um lugar chamado Via Láctea... segundo ouvi é apenas uma de inúmeras galáxias existentes.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
resPIRAção
insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA, exPIRA, insPIRA , exPIRA
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Uma canção
Aos poucos foi perdendo a noção de seu corpo, não sentia mais o peso de sua carne.
Ela misturou-se ao som deixando-se ser embalada pela melodia. O ritmo oscilava, ora estava calmo e sereno, ora sentia como se estivesse sendo jogada de um lado para o outro.
Entregando-se mais um pouco ao momento, seus sentidos já não mais lhe pertenciam. Deixou-se ir cada vez mais fundo até que sílabas, abafadas pelo som, começaram a formar frases inteiras legíveis ao ouvido. A canção possuía sua letra.
De início não se deu por conta do que estava a ouvir apenas deixava-se flutuar seguindo o ritmo e a melodia.
Então tudo começou a ficar mais agitado, como se as notas atropelassem umas as outras desfigurando a canção em estranhos ruídos, altos e estrondosos. Uma grande agonia tomou conta do ambiente consumindo todo o oxigênio existente, Ela não mais podia respirar... ficou ali, quase a desmaiar, entre a vida e a morte.
Por fim, o ritmo e a melodia se restabeleceram e uma voz com tom de eternidade fez-se ouvir. A voz cantava os dias de sua vida. Momentos de calmaria e de grandes tempestades eram traduzidos em notas e oitavas, formando seus próprios refrãos de acordes.
Entregue que estava ao momento, nada podia fazer a não ser deixar-se flutuar em sua própria canção. Ela dançou... Morreu inúmeras vezes, de rir e de chorar, viveu sempre por amor e ser capaz de amar...
Depois de alguns minutos tudo acabou. O silêncio se fez presente. Ela estava exausta, como se não coubesse em si a própria vida. Ainda tonta de tantos rodopios, saltos e quedas, sentou-se em um canto da sala. A mente estava vazia. O corpo dormente.
Mais alguns minutos se passaram, até que ela conseguisse restabelecer o raciocínio.
Ela entendeu que toda uma vida pode ser representada em uma canção e que a Existência é como um grande e infinito concerto.
Ainda atordoada com que acabara de vivenciar, percebeu que apesar de ouvir sua própria canção, dançar seus reveses e conquistas, não sabia dizer ao certo quem construíra os arranjos de sua vida.
Apesar de conhecer suas limitações e dificuldades decidiu que estava na hora de tentar.
Ela passou a compor, escrever e arranjar sua própria canção.
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sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Diferença
Sempre tive a sensação de pertencer a outro lugar. Estranhava as palavras com que me falavam e achava esquisito as pessoas não ouvirem o que eu ouvia. Na escola, na faculdade, a sensação de não ser daqui inquietava-me. Aprendi uma maneira de me comportar que não era minha, um idioma que não coincidia com o meu, emoções que me não provocavam qualquer eco interior. No fundo da minha alma estava de visita e cabia-me, por necessidade e educação, adotar os hábitos nativos, que se me afiguravam complicados e inúteis. Ainda hoje me surpreende as pessoas julgarem que não tenho sotaque e não é à língua que me refiro, é a tudo o resto.
Antonio Lobo Antunes
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Enfrentamentos
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Vozes sem som
(repetitivas palavras)
e partiu com outras oitavas
em busca de novas composições
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