As previsões sobre o futuro não são nada otimistas. Em 2012, segundo elas, tudo que existe irá desaparecer. Depois dos últimos documentários assistidos começo a achar que realmente chegamos ao final dos tempos e fico a me perguntar de que “tempos” estamos falando. A ciência começa a manifestar-se, um tanto sem jeito, e confirma as previsões feitas, pelo povo Maia e tantos outros, há milhares de anos atrás.
Em 2012 estaremos, enquanto sistema solar, em alinhamento com a linha equatorial da galáxia e segundo os astrônomos isso significará uma inversão no eixo da Terra. A consequência será uma mudança drástica em toda a geografia planetária. Nosso céu mudará. Os planetas, incluindo o nosso não estarão mais sobre os domínios do Sol e sim da galáxia, o que alterará rotas precipitando colisões e nisso se inclui o cinturão de asteróides, localizado entre os planetas Marte e Júpiter. Documentários e previsões a parte, fica a certeza de que muito pouco se sabe sobre as reais consequências do dito alinhamento (que é fato).
Será que finalmente começaremos a pensar no fim?
O fim sempre esteve e está presente, é algo diário e corriqueiro. O fim de uma hora, de um dia, uma semana, meses e anos que nunca serão iguais. Os fins sempre precedem um (re)nascer e penso que dessa vez não será diferente. Muitas religiões falam em castigo divino ou na ira dos deuses, mas o fato é que nosso planeta, o sistema solar e a própria galáxia não são seres prontos e acabados e que tudo está em eterno movimento. Assim como nós, que nos construímos ou não melhores, mas que certamente estamos muito longe, da tão sonhada perfeição. A isso se dá o nome de evolucionismo e não há mais espaço para pensamentos criacionistas.
Será que apenas sobrevivemos aos nossos finais de todo o dia ou conseguimos agregar, somar a cada hora, a cada minuto um pouco mais a nós mesmos? Podemos ser iguais em dias desiguais? Podemos. Podemos nos apegar a ideias, sentimentos, conceitos e sermos absolutamente iguais, todos os dias (que chato, não?).
Tudo se resume as velhas indumentárias sociais e nada mais. E me causa espanto perceber que a única certeza da vida é a que mais se ignora – a própria morte.
O fato é que todos querem (sobre)viver, ainda que não saibam exatamente o que fazer com suas vidas.
Quem sabe, sendo mais utópica que o normal, ainda exista outra saída. Quem sabe?!