quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Forjando a Armadura


Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada, que me toma pequeno e mesquinho, que me amarra, que não me deixa ser direto e franco, que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação, que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo. Eu quero viver, e não quero encerrar-me. Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não
para encobrir meu medo.
E, quando me calo, quero fazê-lo por amor e não por temer as conseqüências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar. Não quero filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto. Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.

Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim;por medo de errar, não quero tomar-me inativo. Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo. 

Não quero fazer-me de importante porque tenho medo
de que senão poderia ser ignorado.
Por convicção e amor, quero
fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer. 

Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.



Rudolf Steiner

3 comentários:

Claudia Paiva disse...

Boa Tarde Lara.
Primeiro quero te parabenizar pelos blogs, são de uma riqueza impressionante (estou seguindo os três)! Segundo quero dizer que estou encantada com a forma que usas para traduzir sentimentos, sensações, situações e o que eu nem saberia nomear.

Parabéns!
Vou estar sempre por aqui.

Abraço.

Claudia Paiva

Marcia disse...

Adoro esse texto do Steiner.
Obrigada por me relembrar.
Saudades. bjsbjs

Galáxia de meus anseios disse...

"...E quero crer no reino que tenho dentro de mim"...Ah!Como quero, esse Steiner é supimpa!!! Obrigada por colocá-lo por aqui.Te amo. Beijocas.